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Foto do escritorLaboratório Ecologia da Intervenção UFMS

Restauração não é só plantar árvores

Atualizado: 5 de abr. de 2023

Por Letícia Couto Garcia, professora Adjunta da UFMS, coordenadora do Laboratório Ecologia da Intervenção


Estamos aqui, sempre atentos para informar sobre as diversas dimensões necessárias para, de fato fazermos, restauração.


Plantar é apenas uma das diversas etapas, as quais devem considerar a restauração de forma a abranger todos os seus elementos, atividades e estratégias necessárias.


Pessoas: para que a restauração seja completa, ela tem que ter a dimensão social, através do envolvimento das comunidades locais, temos que inserir a perspectiva socioecológica, principalmente considerando as perspectivas das pessoas, e os seus conhecimentos ecológicos tradicionais, sendo elas as que mais dependem dos recursos naturais e precisam ter segurança alimentar e hídrica;


Solo: é essencial pensar na base de tudo, precisa-se saber por exemplo se é preciso fazer um terracemento para disciplinar o escoamento das águas das chuvas para evitar processos erosivos?;


Animais e microorganismos: essenciais para diversos processos ecológicos, dispersão de sementes, controle de pragas, polinização, etc. Eles estão recolonizando a área? Eles conseguiriam recolonizar a área?;


Ambientes aquáticos: existe água neste ambiente? o que está degradando as nascentes? O fluxo do rio está interrompido a jusante? Como está a qualidade da água?;


Plantas: não são só nas árvores que devemos pensar, devemos incluir todas as formas de vida que um ambiente natural abriga: herbáceas, arbustos, trepadeiras, epífitas, macrófitas as quais podem ser inseridas a partir de várias técnicas não só o plantio de árvores, através da semeadura, transplante ou resgate, transposição de solo e até pelo tradicional plantio de mudas!;


Remoção dos distúrbios antrópicos: não adianta plantar se não for excluir os fatores de degradação, por exemplo: herbivoria, isolando do gado através do cercamento; fogo: manejando, através de aceiros ou queimas controladas prescritas; espécies invasoras: controle mecânico, físico ou químico das gramíneas ou outras plantas invasoras.



Lembrando, por fim, que tudo isso leva TEMPO, assim, a restauração tem que ser dimensionada incluindo o tempo de manutenção e de monitoramento sejam contemplados e para que o manejo adaptativo possa readaptar as trajetórias deste caminho


#GeraçãoRestauração com informações!



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