Apesar de ser popularmente associada ao uso como incenso, essa planta também possui relevância socioambiental
Por Alicce Rodrigues
Folhas, galhos e sementes de pau-santo encontradas na primeira viagem de campo do LEI em busca da planta. (Foto: Alicce Rodrigues)
1) Recebe o nome "Elegigo" no idioma Kadiwéu
2) Tem um perfume doce e agradável.
Cheirar essa planta é uma experiência inconfundível. O aroma vem do seu óleo essencial conhecido por "guaiacol", que é responsável pelo seu perfume e, por isso, também é usada como incenso natural. Importante: Como incenso, deve ser usada com cautela, pois desde 2017 é considerada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como ameaçada de extinção.
3) Serve como repelente e tem uso medicinal.
Queimar lascas da madeira de pau-santo funciona para afastar picadas de mosquito, enquanto a sua resina pode te ajudar a cicatrizar alguma ferida feita no meio do Pantanal, em caso de emergência.
4) Sua resina também possui relevância cultural.
Quando o galho do pau-santo é cozido, libera uma resina que é usada para dar o brilho preto típico e único no grafismo das cerâmicas Kadiwéus. Em alguns países, o pau-santo está ameaçado de extinção, mas no Brasil ainda não se encontra na lista das espécies ameaçadas.
5) É o novo objeto de pesquisa do nosso laboratório.
A busca por essa planta começou por uma demanda da comunidade indígena Kadiwéu da Aldeia Alves de Barros, onde está localizada a Associação de Mulheres Ceramistas. Elas estão enfrentando dificuldades para encontrar o pau-santo na região. No Pantanal, só tem sido encontrado em áreas muito remotas.
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